27 de julho de 2024
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SP registra mais 11 casos suspeitos de febre maculosa

Sete foram identificados em Jundiaí e quatro em Santa Izabel, ambas cidades no Interior do Esatdo

A prefeitura da cidade de Jundiaí, no Interior de São Paulo, informou na última quinta-feira (15) ter registrado mais sete notificações de casos suspeitos de febre maculosa, mas que até a data não havia confirmação nem internações devido à enfermidade. De acordo com a secretaria de saúde do município, exame para a confirmação dessas ocorrências compreende duas amostras de sangue, com intervalo de 14 dias entre elas.

Em nota em seu portal, publicada nesta sexta-feira (16), a prefeitura do município de Santa Izabel confirmou o registro de quatro casos suspeitos da enfermidade. Ainda segundo a nota, das quatro pessoas, duas estão internadas. Todas elas tiveram amostras sangue colhidas e encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.

Segundo a UGPS (Unidade de Gestão de Promoção da Saúde), de Jundiaí, duas pessoas entre as sete suspeitas da doença frequentaram evento com cerca de 3.500 participantes denominado “Feijoada do Rosa, no dia 27 de maio, na Fazenda Santa Margarida, no distrito de São Joaquim, região Leste de Campinas, do qual haviam participado outras quatro pessoas que morreram devido às complicações da febre maculosa. 

A pasta da saúde de Santa Izabel informou também que todas as notificações se referem a pessoas que estiveram no evento, no local onde houve o registro de outras infecções pela doença. Essa é a localidade provável das infecções fatais. A última vítima foi a adolescente, Erissa Nicole Santana, 16 anos. Nos outros cinco casos em Jundiaí as pessoas envolvidas relataram ter frequentado áreas verdes no município e em outras cidades.

Em relação às mortes registradas em decorrência de febre maculosa, o Instituto Adolfo Lutz havia confirmado no último dia 12 a de Mariana Giordano, 28 anos, moradora da Capital Paulista, e também de seu namorado, o piloto de automobilismo Douglas Costa, 42, residente em Jundiaí, no dia 8 de junho, após apresentarem sintomas da enfermidade, como manchas vermelhas pelo corpo, dores e febre. Evelyn Santos, dentista de 28 anos, moradora de Hortolândia, também foi vítima fatal da doença, além da jovem Erissa Nicole Santana.

Se confirmadas as novas ocorrências, vai subir para 60 o número de casos confirmados de febre maculosa somente neste ano no País. As oito mortes confirmadas foram todas no Sudeste, seis delas em São Paulo, região que também é recordista no número de casos até o momento, com 30. Os outros dois óbitos foram no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. 

Na última quarta-feira (14), o Ministério da Saúde havia feito a atualização dos casos. Segundo a pasta, no período de janeiro de 2013 a 14 de junho deste ano houve o registro de 2.059 ocorrências da doença no País. Desse total, 1.292 foram no Sudeste. 

CARRAPATO 

De acordo com o Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma enfermidade infecciosa que se origina de uma bactéria do gênero Rickettsia transmitida após picada do carrapato da espécie Amblyomma cajennense, comumente chamado de “carrapato-estrela”. “Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade”, informa.

“No Brasil, duas espécies de Rickettsias estão associadas a quadros clínicos: a Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB), é considerada a doença grave, registrada no Norte do Estado do Paraná e nos Estados da região Sudeste; e a Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará -, produzindo quadros clínicos menos graves”, detalha o texto.

O diagnóstico, acrescenta a nota com a explicação, é difícil, principalmente nos primeiros dias da doença, tendo em vista que os sintomas também são parecidos com os de outras enfermidades, como, por exemplo, leptospirose, dengue, hepatite viral, malária, sarampo e pneumonia.

“No entanto, é importante que a pessoa com suspeita da doença procure um médico para avaliação dos sintomas. Durante a consulta, o profissional buscará saber se a pessoa mora em região de mata ou florestas, onde possa ter sido picada por carrapato. O profissional de saúde também solicitará exames para confirmar o diagnóstico”, complementa.

Ainda segundo a pasta, é essencial que seja feito o tratamento adequado da doença para que se evite formas mais graves da enfermidade. Ao sinal dos primeiros sintomas, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência. “O tratamento é feito com antibiótico específico e deve ser iniciado no momento da suspeita. Em determinados casos, pode ser necessária a internação do paciente. A falta ou demora no tratamento da febre maculosa pode agravar o caso, podendo levar ao óbito”, alerta.

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, por meio de nota à imprensa, informa que há “pouquíssimos” registros na Região Metropolitana devido à urbanização da área. Já no Interior do Estado, os registros de casos da doença tiveram início a partir da década de 1980, em Campinas, Piracicaba, Assis, nas regiões mais periféricas da Grande São Paulo e no litoral, porém, em versão mais branda. Informa ainda que Campinas e Piracicaba são atualmente os municípios com maior índice de ocorrências da doença.

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