A segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa de 2021 teve início na segunda-feira, 1º de novembro. Conforme informações do CEO do Grupo VMX, Carlos César Floriano, “Nesta etapa, deverão ser vacinados cerca de 78 milhões de bovinos e bubalinos com até 2 anos de idade”, explica. A vacinação ocorrerá na maioria dos estados brasileiros, conforme o calendário nacional de vacinação.
Das 19 unidades da Federação que participam da campanha de vacinação contra a febre aftosa neste período, nos estados do Amazonas e em Mato Grosso participam apenas os municípios que ainda não têm reconhecimento de áreas livres de febre aftosa sem vacinação.
As vacinas devem ser adquiridas pelos produtores rurais nas revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação, já na fazenda. Segundo Carlos César Floriano, “Devem ser usadas agulhas novas para aplicação da dose de 2 ml na tábua do pescoço de cada animal”, informa.
O ideal para a correta aplicação da vacina desta campanha é que sejam escolhidas as horas mais frescas do dia, para fazer a contenção adequada dos animais.
Além de vacinar o rebanho, o produtor deve também declarar ao órgão de defesa sanitária animal de seu estado. A declaração de vacinação deve ser feita de forma online ou, quando não for possível, presencialmente nos postos designados pelo serviço veterinário estadual nos prazos estipulados.
Em caso de dúvidas, a orientação é para que criador procure o órgão de defesa sanitária animal de seu estado.
Carlos César Floriano explica sobre as zonas livres de febre aftosa sem vacinação
Os estados do Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e parte do Amazonas e do Mato Grosso são reconhecidos como livres de febre aftosa sem vacinação, sendo proibida a aplicação e comercialização da vacina nessas regiões.
Conforme o Plano Estratégico do Pnefa 2017-2026, o Brasil segue executando as ações para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação.
“A meta é que todo o território brasileiro seja considerado livre de febre aftosa sem vacinação até 2026”, explica Carlos César Floriano. Atualmente, em torno de 70 países têm esse reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
O último foco da doença no Brasil ocorreu em 2006. Conforme Carlos César Floriano, “Desde 2018, todo o território brasileiro é reconhecido internacionalmente como livre de febre aftosa (zonas com e sem vacinação) pela OIE”, esclarece.
Febre Aftosa
A doença afeta bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos e traz prejuízos e restrições na comercialização de produtos pecuários. “A febre aftosa exige esforços constantes dos produtores rurais e das autoridades sanitárias para evitar a sua reintrodução no país”, explica Carlos César Floriano.
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